As pessoas que no passado foram separadas de seus pais vítimas de hanseníase agora têm direito a uma pensão vitalícia
Antes chamada de lepra, a hanseníase é uma doença contagiosa que lesiona a pele e os nervos
Os sintomas são formigamento pelo corpo, dor, dormência ou manchas em braços, mãos, pernas ou pés, e ausência de dor em caso de queimadura ou corte
Se não houver tratamento, a falta de sensibilidade na pele pode levar a feridas, infecções e até perda de dedos
A mudança do nome da enfermidade de lepra para hanseníase foi determinada em 1995 por um decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso
Isso ocorreu porque o nome original estava estigmatizado e provocava marginalização social dos doentes
Entre as décadas de 1920 e 1970, a política oficial do Brasil foi capturar os doentes e interná-los à força em hospitais-colônias
Eles ficavam isolados nesses locais, sem contato nem mesmo com os familiares
São os filhos desses doentes segregados que agora são beneficiados com a pensão, no valor de um salário mínimo mensal
Trata-se de uma reparação histórica para as famílias separadas pela ação do Estado
Até agora, só os pacientes que haviam sido internados recebiam o benefício, e ele não era transmitido aos herdeiros após a morte
De acordo com a ONG Morhan, 15 mil pessoas deverão receber a nova pensão vitalícia
A hanseníase é considerada uma “doença negligenciada”, pois, apesar de ter cura, é endêmica em países pobres
O Brasil é o segundo país que mais registra casos da doença, com 20 mil novos doentes por ano
O diagnóstico e o tratamento são oferecidos de forma gratuita nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS)
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Publicado em 12/01/2024
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