Ano a ano, repetem-se no Brasil desastres de grande proporção, como os que recentemente devastaram municípios na Bahia e em Minas Gerais, além da cidade de Petrópolis (RJ)
Em geral, esses desastres estão ligados ao ciclo das águas, com maior chance de ocorrerem em épocas de fortes chuvas no Brasil, como o verão
Várzeas, faixas de terra ao longo dos rios e encostas de morros e montanhas são áreas de risco para ocupação, mais vulneráveis a desastres
Encostas são sujeitas ao deslizamento de lama, pedras e detritos
Chuvas e enxurradas, que estariam mais intensas e frequentes por conta das mudanças climáticas, potencializam enchentes
Para o consultor do Senado Victor Carvalho Pinto, como não dá para evitar os alagamentos das várzeas, a ocupação dessas áreas deveria ser impedida nas cidades próximas a cursos d’água
Desmatamento e construções em áreas de morros e montanhas podem gerar erosões e instabilidades no solo, que fica encharcado e mais suscetível a deslizamentos de terra
Sem uma política habitacional adequada, mais gente sem opção de moradia ocupa terrenos indevidamente
As leis tratam da proteção da vegetação e do solo, da construção em áreas alagáveis, do mapeamento das áreas de risco, da fiscalização, da intervenção preventiva e da evacuação da população
Mesmo assim, surgem assentamentos informais em áreas impróprias. Segundo o IBGE, em 2019 havia 5,1 milhões de domicílios desse tipo, ou 7,8% das residências
O consultor Victor Carvalho Pinto sugere que, antes de regularizar assentamentos informais, é preciso avaliar o risco de cada local, que deve ser sanado
Para embasar políticas de prevenção, o especialista sugere que o Ministério Público investigue os desastres naturais que afetam as cidades
A Casa também criou comissão para acompanhar a tragédia em Petrópolis
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Publicado em 4/3/2022