A Agência Senado cobriu nos últimos 25 anos a luta contra o racismo estrutural na sociedade brasileira
O texto, proposto pelo Congresso, tramitou por 11 anos até se tornar lei, em 2010
Ele determina, por exemplo, que impedir por racismo a promoção funcional de pessoa negra pode dar até 5 anos de cadeia
Foi o estatuto que determinou que filmes, programas ou propagandas feitas com dinheiro público devem incluir pessoas negras
O reconhecimento da propriedade definitiva de terras para remanescentes de quilombos foi outra iniciativa do estatuto
Graças a ele, meios de comunicação são proibidos de propagar mensagens de desprezo ou ódio a religiões africanas
Também foi essa lei que determinou a inclusão da história dos negros no Brasil, desde a África, nos currículos escolares
A aprovação do estatuto abriu caminho para outras vitórias da luta contra o racismo
Em 2012, com base na lei, o Supremo garantiu as cotas para negros nas universidades
Entre 2010 e 2019, o número de negros matriculados cresceu 400%, chegando a 38% das vagas no ensino superior
Em 2017, o STF também validou as cotas para negros no serviço público
Desde então houve novas conquistas e a luta para ampliar políticas continua, diz Paim. Mas tornar a lei mais efetiva ainda é desafio
O racismo estrutural persiste e se mostra na desigualdade de renda e escolaridade entre negros e brancos, por exemplo
E também na violência: em 2021, 84% dos mortos pela polícia eram pessoas negras, diz Anuário da Segurança Pública
“Retrospectiva 25 anos” é uma série comemorativa com 25 histórias visuais sobre acontecimentos cobertos pela Agência Senado em sua trajetória
texto
Sergio Vieira
edição de fotos e multimídia
Bernardo Ururahy
edição
Tatiana Beltrão
imagens
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Paulo Pinto
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Jean Baptiste Debret
Publicado em 29/7/2022
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