Esta é Mãe Baiana. Ela conduz um terreiro de candomblé no Paranoá (DF). Há 7 anos, o terreiro foi destruído por um incêndio criminoso
“Não entendo por que nos atacam”, diz Mãe Baiana. “As nossas religiões são como tantas outras e pregam o amor acima de tudo”
Com dinheiro doado, a mãe de santo conseguiu reconstruir o terreiro do zero
O tipo de violência que ela sofreu é recorrente em todo o Brasil e tem nome: racismo religioso
Trata-se do ataque a pessoas negras pelo simples fato de seguirem alguma religião de matriz africana
O racismo religioso é um tentáculo do racismo estrutural, que desumaniza os negros e os segura nas posições sociais mais baixas
Uma das estratégias do racismo religioso é ligar as religiões afro-brasileiras ao culto do demônio
“Não há nada mais falso”, esclarece Mãe Baiana. “Temos um só Deus. A figura do demônio nem sequer existe nas nossas religiões”
Para combater o racismo religioso, o 21 de março se tornou o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé
texto
Ricardo Westin
edição e tratamento de fotos
Pillar Pedreira
produção multimídia
Bernardo Ururahy
edição
Rafael Faria
imagens
Pillar Pedreira/Agência Senado
Valter Campanato/Agência Brasil
Joédson Alves/Agência Brasil
Música
Drumming for world afro day 2022
Publicado em 21/3/2023