Agrotóxicos e inseticídio: é possível uma vida sem insetos?

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Em comunidades tropicais, 94% das plantas são polinizadas por animais. As abelhas respondem pela maior proporção de plantas polinizadas, elas visitam mais de 90% dos 107 principais cultivos agrícolas já estudados no mundo.

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Mas as populações de vários insetos estão em declínio em todo o mundo. Somente na Alemanha, o volume de insetos com asas foi reduzido em 76% em menos de três décadas, entre 1989 e 2016.

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O avanço das monoculturas e o uso intensivo de agrotóxicos estão entre os maiores responsáveis pelo declínio das populações de insetos.

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Em áreas de monocultura, espécies com pouca autonomia de voo têm refúgios ecológicos limitados: as árvores, que servem como ponto de proteção e descanso, são escassas.

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Estudos apontam que vários tipos de agrotóxicos e suas combinações alteram hábitos e respostas imunes dos insetos. Um exemplo é o glifosato, o herbicida mais usado no Brasil, que compromete os ecossistemas e contribui para o declínio de colmeias.

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O aquecimento global tende a homogeneizar as florações das plantas, reduzindo a diversidade de polinizadores. Além disso, queimadas e incêndios matam insetos, destroem ovos e acabam com formas de vida existentes no solo.

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O inseticídio ameaça a segurança e soberania alimentar!

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Os pesticidas não atrapalham só a polinização.

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É urgente estabelecer e expandir áreas livres de venenos!

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Mas o Congresso também analisa um projeto que vai na direção contrária: o PL 6.299/2002, conhecido como Pacote do Veneno, que pode facilitar ainda mais o uso de agrotóxicos. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e aguarda exame no Senado.

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Saiba mais sobre o valor dos insetos e o inseticídio lendo o artigo: A vida na terra, os insetos e o inseticídio. Conheça também o Atlas dos Insetos

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Créditos e fontes

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Agrotóxicos e inseticídio: é possível uma vida sem insetos?

Em comunidades tropicais, 94% das plantas são polinizadas por animais. As abelhas respondem pela maior proporção de plantas polinizadas, elas visitam mais de 90% dos 107 principais cultivos agrícolas já estudados no mundo.

Mas as populações de vários insetos estão em declínio em todo o mundo. Somente na Alemanha, o volume de insetos com asas foi reduzido em 76% em menos de três décadas, entre 1989 e 2016.

O avanço das monoculturas e o uso intensivo de agrotóxicos estão entre os maiores responsáveis pelo declínio das populações de insetos.

Em áreas de monocultura, espécies com pouca autonomia de voo têm refúgios ecológicos limitados: as árvores, que servem como ponto de proteção e descanso, são escassas.

Estudos apontam que vários tipos de agrotóxicos e suas combinações alteram hábitos e respostas imunes dos insetos. Um exemplo é o glifosato, o herbicida mais usado no Brasil, que compromete os ecossistemas e contribui para o declínio de colmeias.

O aquecimento global tende a homogeneizar as florações das plantas, reduzindo a diversidade de polinizadores. Além disso, queimadas e incêndios matam insetos, destroem ovos e acabam com formas de vida existentes no solo.

O inseticídio ameaça a segurança e soberania alimentar!

Entre as principais culturas alimentares no Brasil 68% dependem, em algum grau, de insetos polinizadores.

Os pesticidas não atrapalham só a polinização.

Eles também afetam insetos que são inimigos naturais das pragas agrícolas, responsáveis pelo que chamamos de controle biológico das lavouras. Uma única joaninha, por exemplo, pode comer mais de 100 pulgões por dia.

É urgente estabelecer e expandir áreas livres de venenos!

No Brasil, movimentos e organizações sociais construíram o PL 6.670 em 2016, propondo a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. A ideia é implementar ações que contribuam para aumentar a oferta de alimentos limpos. O projeto tramita na Câmara.

Mas o Congresso também analisa um projeto que vai na direção contrária: o PL 6.299/2002, conhecido como Pacote do Veneno, que pode facilitar ainda mais o uso de agrotóxicos. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e aguarda exame no Senado.

Saiba mais sobre o valor dos insetos e o inseticídio lendo o artigo: A vida na terra, os insetos e o inseticídio. Conheça também o Atlas dos Insetos

conheça o atlas

Créditos e fontes

Informações do artigo: A vida na terra, os insetos e o inseticídio de Leonardo Melgarejo

Autor/Roteiro: Raquel Torres Gurgel

Revisão: Emilia Jomalinis

Webdesign: Fw2

Agrotóxicos e inseticídio: é possível uma vida sem insetos?

Em comunidades tropicais, 94% das plantas são polinizadas por animais. As abelhas respondem pela maior proporção de plantas polinizadas, elas visitam mais de 90% dos 107 principais cultivos agrícolas já estudados no mundo.

Mas as populações de vários insetos estão em declínio em todo o mundo. Somente na Alemanha, o volume de insetos com asas foi reduzido em 76% em menos de três décadas, entre 1989 e 2016.

O avanço das monoculturas e o uso intensivo de agrotóxicos estão entre os maiores responsáveis pelo declínio das populações de insetos.

Em áreas de monocultura, espécies com pouca autonomia de voo têm refúgios ecológicos limitados: as árvores, que servem como ponto de proteção e descanso, são escassas.

Estudos apontam que vários tipos de agrotóxicos e suas combinações alteram hábitos e respostas imunes dos insetos. Um exemplo é o glifosato, o herbicida mais usado no Brasil, que compromete os ecossistemas e contribui para o declínio de colmeias.

O aquecimento global tende a homogeneizar as florações das plantas, reduzindo a diversidade de polinizadores. Além disso, queimadas e incêndios matam insetos, destroem ovos e acabam com formas de vida existentes no solo.

O inseticídio ameaça a segurança e soberania alimentar!

Entre as principais culturas alimentares no Brasil 68% dependem, em algum grau, de insetos polinizadores.

Os pesticidas não atrapalham só a polinização.

Eles também afetam insetos que são inimigos naturais das pragas agrícolas, responsáveis pelo que chamamos de controle biológico das lavouras. Uma única joaninha, por exemplo, pode comer mais de 100 pulgões por dia.

É urgente estabelecer e expandir áreas livres de venenos!

No Brasil, movimentos e organizações sociais construíram o PL 6.670 em 2016, propondo a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. A ideia é implementar ações que contribuam para aumentar a oferta de alimentos limpos. O projeto tramita na Câmara.

Mas o Congresso também analisa um projeto que vai na direção contrária: o PL 6.299/2002, conhecido como Pacote do Veneno, que pode facilitar ainda mais o uso de agrotóxicos. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e aguarda exame no Senado.

Saiba mais sobre o valor dos insetos e o inseticídio lendo o artigo: A vida na terra, os insetos e o inseticídio. Conheça também o Atlas dos Insetos

conheça o atlas

Créditos e fontes

Informações do artigo: A vida na terra, os insetos e o inseticídio de Leonardo MelgarejoAutor/Roteiro: Raquel Torres GurgelRevisão: Emilia JomalinisWebdesign: Fw2

Informações do artigo: A vida na terra, os insetos e o inseticídio de Leonardo Melgarejo

Autor/Roteiro: Raquel Torres Gurgel

Revisão: Emilia Jomalinis

Webdesign: Fw2