A cada quatro anos, dezenas de milhares de mulheres de todo o país marcham pelas ruas de Brasília
Em agosto de 2023, foram 100 mil, a maioria trabalhadoras rurais, mas também indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra e extrativistas
A Marcha das Margaridas é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com a ajuda de sindicatos
A pauta inclui democratização do acesso à terra, aumento da participação política das mulheres e proteção da natureza, entre outros pontos
A manifestação é considerada a maior mobilização de mulheres do campo e das cidades da América Latina
O nome do evento, que chega à sétima edição, homenageia a trabalhadora rural Margarida Maria Alves
Margarida era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, quando foi assassinada, em 1983
O crime, que permanece impune, foi cometido provavelmente a mando de fazendeiros e usineiros, na frente do marido e do filho de Margarida
A sindicalista lutava por reforma agrária, educação, igualdade e direitos para os trabalhadores rurais
Seu assassinato teve repercussão internacional, chegando a ser denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Em Plenário, Paim disse que Margarida foi “combativa, resistente, corajosa e muito competente. Por isso ela foi assassinada”
Em 15 agosto, o Senado promoveu uma sessão especial em homenagem à Marcha das Margaridas
A sessão foi pedida pelo senador Beto Faro e teve a participação de líderes do movimento e de senadoras e deputadas
texto
Rafael Faria
pesquisa e edição de fotos
Ana Volpe
edição de imagens e multimídia
Bernardo Ururahy
edição
André Falcão
imagens
Jefferson Rudy/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado
Jonas Pereira/Agência Senado
Leopoldo Silva/Agência Senado
Joédson Alves/Agência Brasil
"Questão de terra", Manfredo Caldas
Prefeitura de Alagoa Grande (PB)
Arquivo/Contag
Arquivo pessoal
Publicado em 18/8/2023