Após conhecer os detalhes do Holocausto na Segunda Guerra, a comunidade internacional decidiu agir para que o horror nunca mais se repetisse
Em 10 de dezembro de 1948, em Paris, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos
Trata-se de um compromisso mundial para a garantia de igualdade, liberdade e dignidade a toda e qualquer pessoa
Em termos concretos, a declaração proíbe a escravidão, as perseguições, os castigos cruéis e as prisões arbitrárias
A presunção da inocência deve ser respeitada, e os julgamentos judiciais precisam ser públicos e imparciais
O documento determina a liberdade de reunião, religião e expressão
E garante a toda pessoa o direito à educação e ao trabalho digno
A Declaração Universal dos Direitos Humanos fornece a base de diversas constituições e leis em todo o mundo
Nos últimos tempos, porém, ideologistas extremistas em diferentes partes do planeta têm renegado o caráter universal dos direitos humanos
No Brasil, persistem o abismo social entre ricos e pobres e a discriminação de negros, indígenas, mulheres, pessoas LGBTQIA+ e com deficiência
Esses problemas mostram que, passados 75 anos, os 30 artigos da declaração permanecem atuais e necessários e não podem ser esquecidos
“As respostas às crises atuais do mundo encontram-se nos direitos humanos”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres